Aumento da conscientização sobre proteção na pandemia, mudanças e resiliência do setor sinalizam momento de importante evolução

O setor de seguros, na linha de frente da proteção das pessoas e empresas, foi afetado pela pandemia, mas, por sua importância para a sociedade – inclusive classificado como serviço essencial pela Presidência da República, se manteve atuante e é um dos primeiros a se reerguer.

As perspectivas são de gradual retomada, apresentando ganhos com o fortalecimento de sua imagem, credibilidade e de suas condições de atendimento à população. O desempenho resiliente do setor brasileiro não ficou nada a dever ao de outros países, mesmo durante a pandemia as empresas colocaram seus funcionários em home office e utilizaram tecnologias para manter a qualidade do atendimento aos clientes. Outro legado do pós-pandemia, certamente, é que sairemos com mais autonomia, independência, tecnologia e criatividade para desenvolvermos o setor em prol dos consumidores.

Com todo esse aprendizado, o ano de 2021 é de excelentes expectativas de recuperação e crescimento. Segundo a Susep, o setor por ela supervisionado (sem Saúde) arrecadou R$ 71,16 bilhões nos três primeiros meses de 2021, o que corresponde a R$ 6,42 bilhões a mais do que no mesmo período de 2020. Em termos percentuais, o primeiro trimestre de 2021 apresentou um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período de 2020. Os seguros de pessoas e de danos cresceram, respectivamente, 11,5% e 12,0% no período. Houve crescimento na grande maioria dos seguros, incluindo linhas de negócio que haviam sido mais impactadas pela pandemia, como os seguros de automóveis.

O seguro de pessoas evidenciou sua importância durante a pandemia, e cresceu 11,%. Por outro lado, também cresceu a contratação de seguros de danos – aumento de quase 12% (R$ 2,20 bilhões). Foram destaques nos seguros de danos, com crescimento acima de 30% no primeiro trimestre de 2021 em relação a 2020, os seguros rural, de responsabilidade civil, patrimoniais e financeiros, que cresceram, respectivamente: 36,9%, 35,4%, 33,0% e 31,5%. Os seguros de lucros cessantes, que integram a linha de negócio dos seguros patrimoniais, foram responsáveis pela arrecadação de R$ 352 milhões em prêmios em 2021, um crescimento de 218% em relação ao mesmo período de 2020. 

Isso ainda é o começo de um excelente ano para o mercado, somado ao que vem pela frente com as novidades trazidas pela Circular 621/21, acabando com a padronização dos produtos, e a mudança na lei de licitações, dando mais amplitude às garantias. Temos várias seguradoras novas abrindo suas portas por aqui, muitos corretores se especializando em nichos diferentes, pluralidade de parcerias entre os profissionais, e a ampliação da percepção da importância dos seguros. Temos que trabalhar com foco, conscientes de que atuamos em um setor pujante e privilegiado, e estamos no começo de uma fase de muito crescimento.

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